domingo, 7 de setembro de 2008

Poluição marinha: o perigo nuclear


Para além do risco de poder ocorrer uma catástrofe nas centrais nucleares, de produção de energia eléctrica ou nos navios e submarinos de propulsão nuclear, o problema mais grave que se coloca à civilização do átomo é o armazenamento dos resíduos radioativos. Que fazer com estes resíduos?

Dado que os mares cobrem dois terços do globo, "naturalmente" os especialistas pensaram logo neles para se desfazerem destas substâncias mortíferas. Há já bastante tempo que as potências nucleares se dão por satisfeitas em lançar os resíduos radioativos nos mares em barris metálicos que oxidam rapidamente. A água possui um poder corrosivo considerável, nenhum barril resiste mais do que alguns meses ou anos. No entanto, em 1972, em Londres, grandes nações decidiram parar de lançar no mar resíduos altamente radioactivos prosseguindo por outro lado com o armazenamento de resíduos de média ou baixa radioatividade. Contudo, actualmente, é do conhecimento geral que a poluição nuclear é a mais perigosa e a mais insidiosa. As quantidades de radioatividade às quais um organismo se encontra exposto acumulam-se e as consequências dessas sucessivas exposições irão refletir-se em toda a descendência das algas formando no fundo do mar, após a sua morte e decomposição, um depósito sedimentar contaminado. Os radionucleídos substituem, nos tecidos vivos, os elementos que neles se encontram normalmente presentes e aí se concentram. O iodo 131, por exemplo, substitui o iodo não radioativo encontrando-se numa proporção bastante relevante nas algas. As algas concentram também e preferencialmente o plutônio.

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